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Olhar de colecionador: arte e design inseridos no apartamento e na rotina de uma família.

Convidamos a Paula Passini e a Bruna Lourenço, do blog Histórias de Casa – referência em decoração com conteúdo 100% autoral – para contar uma história em homenagem ao Dia dos Pais, sobre um paizão apaixonado por arte e design: o Eduardo Barella.

 

Banco Francisco, Gabriel Bueno
Vaso “A” da Linha AOI, Alva Design

Arte, arquitetura e design. No lar dos empresários Eduardo Barella e Camilla Barella, essa tríade é o que guia a concepção de cada espaço, do hall de entrada ao quarto das crianças, são três filhos. Muitas obras instigantes e peças eleitas a dedo compõem seu apartamento.

Tapete de concreto da Renata Lucas (Carpet, 2012).

Vaso Pós-Tropical, Guilherme Wentz.

O apartamento dos anos 40 fica no centro de São Paulo. Para deixar o imóvel ainda mais interessante, eles procuraram o arquiteto Felipe Hess para idealizar uma reforma que preservasse o passado do lugar, mas também trouxesse novos elementos.

Instalação “Mercado Neutro” (2008), de Marcelo Cidade.
Luminária Peso, Tomada.

Os moradores contam que buscaram referências na arquitetura e no mobiliário modernista brasileiro e escandinavo da década de 1950 para compor os interiores do apartamento. “Desejávamos um clima aconchegante, integrado e sem excessos. Isso serviu de guia para que escolhêssemos tons neutros, optássemos por unificar alguns ambientes e preservar ao máximo os acabamentos originais através de um cuidadoso restauro”, falam.

Carrinho, déc. 60 – Vintage, Teo

O casal valoriza tanto a presença da arte em casa que alguns ambientes foram pensados especificamente para instalações e obras de grande porte. “Tínhamos algumas obras que queríamos instalar e todo o projeto acabou sendo pensado tendo elas como elemento central”, Eduardo explica. Entre elas estão o tapete de concreto da Renata Lucas (Carpet, 2012); a parede de tijolos do André Komatsu (Tumor, 2010); a instalação do Jonathas de Andrade (Procurando Jesus, 2014) e a instalação do Marcelo Cidade (Mercado Neutro, 2008), na parede principal da sala.

Instalação “Tumor” (2010), de André Komatsu.

Conj. de pratos Dots, Vida feita à Mão. Tábua Freijó, Casa na Árvore.

Conj. de Bowls de Pétalas Areia, Márcia Limmanii.

Naturalmente, a chegada dos filhos mudou um pouco a cara do apartamento e hoje a casa é menos organizada, mas tem muito mais vida. No entanto, a maior transformação foi pessoal.

instalação do Jonathas de Andrade (Procurando Jesus, 2014).
Maxi Manta Tricot, Srta. Galante.

“A paternidade mudou meu olhar sobre as coisas ao meu redor, minha preocupação em deixar um legado sobre valores, tudo hoje leva em consideração os meus filhos. Procuro me dedicar de corpo e alma a eles e vê-los crescer e ter a retribuição diária deste amor é muito gratificante”, Eduardo Barella conta.

Às vezes é difícil definir a fronteira entre arte e design, mas quem disse que precisa? Quem se encanta por um dos temas, naturalmente vai se apaixonar pelo outro, como ocorreu com Eduardo e Camilla Barella. Os dois começaram sua coleção de obras pouco após o casamento, e com o passar dos anos foram se tornando especialistas no assunto. Em paralelo, seu interesse pelo design de mobiliário e objetos cresceu na mesma medida, tanto que cada item levado para casa é pensado cuidadosamente pelo casal. A funcionalidade é essencial, porém sozinha não faz uma peça incrível – é preciso poesia para elevar objetos do dia a dia à obras de arte.

“Morar no centro da cidade é às vezes muito intenso. Ao notar a dinâmica da geografia em que estávamos nos instalando, decidimos que iriamos projetar um quarto com pouca
informação visual. Tínhamos como referência o quarto de Donald Judd e queríamos apenas uma cama e obras de arte nos rodeando”, o casal explica. No entanto, com o nascimento de Allegra, a filha caçula, algumas coisas mudaram, pois agora o pequeno berço está acomodado em frente à cama e o buffet vintage assumiu a função de trocador temporariamente.

Jogo de cama em linho, nas cores Cinza e Celadon, da Trama Casa

Cômoda – déc. de 60, utilizado como trocador. Veja outras peças vintage da loja Teo

No quarto dos pequenos, o design não ficou de fora. O casal fez um garimpo de móveis modernos brasileiros e os mesclou com peças de design escandinavo contemporâneo. Os berços vieram da Dinamarca, a daybed é francesa e o restante foi encontrado em antiquários locais. Nesse espaço, novamente é possível perceber a preferência dos moradores pelos tons neutros.

O design pode ser tão provocativo e subjetivo quanto a arte, mas ainda assim atender a uma necessidade específica. Na Boobam, as criações autorais de jovens designers brasileiros e o acervo de grandes antiquários nacionais confirmam essa teoria. Peças únicas, móveis vintage e edições limitadas ficam no limite entre design e arte, atraindo o olhar de novos colecionadores ou amantes do tema. É como os criadores da plataforma defendem: “Não queremos vender de tudo para todo mundo. Queremos ajudar artistas que amam seu trabalho a vender em um lugar que o valorize. Vamos conectar artistas que produzem coisas especiais com pessoas que desejam coisas especiais”.

Como a arte é um dos motores da vida de Eduardo Barella, achamos que essa seria uma boa oportunidade para falar sobre o tema e de quebra selecionar alguns produtos que podem servir como inspiração de presente para esse Dia dos Pais. São peças que exploram diferentes linguagens, formas e processos, e que trazem esse conceito do design- arte para o cotidiano da casa.


Visite a sessão especial Dia dos Pais na Boobam:



Agradecimentos: Eduardo e Camila Barella
Em parceria com Paula Passini e a Bruna Lourenço, Blog Histórias de Casa
Fotos por Luiza Florenzano

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